🧙♂️ A Fábula do Gigante Devorador de Nomes e a Pequena Aprendiz que Esperava por 'Alguém'
🏠 No Vale dos Homens de Boa Vontade, havia uma Casa de Sabedoria onde todos deveriam ser acolhidos. Seu coração era um grande Salão de Entrada, onde um Guardião do Portão zelava pela dignidade de todos.
👧 Certa manhã, uma Pequena Aprendiz foi até o Salão, enviada por sua mentora. Sentou-se em silêncio, esperando com a paciência infinita da inocência.
📝 Num canto do Salão, o Cronista do Vale, habituado a registrar a verdade por trás das sombras, estava presente e disponível para auxiliar qualquer alma que necessitasse.
❄️ Eis que surge uma das Auxiliares do Saber. Vendo a Pequena Aprendiz e o Cronista prestes a se conectar, moveu-se rapidamente, formando uma muralha viva. Lançou um olhar gelado e pronunciou o feitiço:
⚡ — "Espere por Alguém chegar!"
🌫️ O feitiço era duplo: dizia à criança para esperar por um fantasma e negava a existência do Cronista, transformando a Pequena Aprendiz em Ninguém e declarando que o Cronista também não era Alguém.
🩸 O Cronista ouviu tudo e reconheceu instantaneamente aquele feitiço do Gigante Devorador de Nomes: o poder de apagar identidades, reduzindo pessoas a meros espectros.
🛡️ Cumprindo seu dever, o Cronista levou o ocorrido aos Altos Guardiões da Casa. Esperava um gesto de repúdio, uma ação firme para desfazer o feitiço e proteger a criança.
🙈 Surpreendentemente, os Guardiões fizeram o que sempre faziam: Nada. Não registraram o fato, não exilaram a Auxiliar do Saber, não consolaram a Pequena Aprendiz. Semearam o episódio sob um pesado tapete, onde segredos podres apodreciam juntos.
🤐 A omissão deles era tão violenta quanto o feitiço inicial. Não eram guardiões; eram Cúmplices por Silêncio.
💀 Moral da História: Quando uma Casa de Sabedoria permite que uma criança seja tratada como Ninguém e que um homem presente seja tratado como inexistente, ela deixa de ser uma Casa para se tornar a cova do Gigante. Todo aquele que se cala cava a cova com as próprias mãos.
✏️ Nota de Esclarecimento: O conteúdo é obra literária em formato de fábula, destinada à análise crítica e reflexiva. Qualquer associação a pessoas, instituições ou acontecimentos é mera coincidência ou interpretação individual.
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