📖 O Monitor e a Sombra da Torre
🏰 Na aldeia dos Guardiões de Giz havia uma pequena torre onde os escribas registravam a memória da comunidade.
🪞 Um dos escribas, chamado apenas de Tece-Letras, usava um Espelho Luminoso — um Caderno mágico de 26 luas, presente vindo do seu próprio cofre.
🌑 Certo dia, uma Sombra da Torre entrou sorrateira em sua mesa e carregou o Espelho para os porões do Almoxarifado.
⚙️ O pretexto? “Testar a máquina antiga que voltara do conserto das cidades distantes”. Mas a máquina não foi devolvida ao seu altar original.
💼 Assim, o escriba foi obrigado a carregar de casa seu próprio Orbe Portátil, menor e mais pesado para sua saúde.
👀 A aldeia inteira percebeu a cena: o bem particular fora tomado como se fosse comum, sem pergaminho, sem selo, sem voz.
📜 A máquina do castelo fora desviada, como se o destino da coisa pública fosse brinquedo de caprichos.
🩺 O laudo de saúde do escriba fora ignorado, como se sua vertigem não importasse.
👧👦 As crianças perguntavam: “Se até o Espelho do escriba pode ser levado sem permissão, o que mais pode ser tirado de nós?”
💨 A fábula corria pela aldeia como vento: quem lesse e sentisse desconforto, sabia-se parte da Sombra. Quem sorrisse, sabia-se inocente.
✨ E o Espelho, mesmo deslocado, continuava refletindo — não apenas o rosto do escriba, mas também os abusos escondidos da torre.
📌 Nota de Esclarecimento: O conteúdo é obra literária em formato de fábula, destinada à análise crítica e reflexiva. Qualquer associação a pessoas, instituições ou acontecimentos é mera coincidência ou interpretação individual.
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