📚 O ALMOXARIFE, O FILHOTE E A CORUJA-MESTRA
🐭 Era uma vez, numa clareira de aprendizado, um filhote de rato chamado Nico que gostava de organizar lápis como soldados. Sua mãe dizia: "Nico, menino, guarda esses lápis com carinho — a escola é feita de lápis e cuidado."
🦉 A floresta tinha uma coruja-mestra, empoleirada numa árvore alta, com o peito cheio de "EU". Ela confundia cuidado com fraqueza e empatia com advertência.
🌳 Numa manhã, a coruja decidiu: "Haverá uma salinha para os materiais — e o rato fará isso." Chamou o filhote e proclamou: "Você ficará ali. Vai anotar quem pega cola, quem pega mapa. Boa sorte."
🐁 O rato perguntou: "Mas e a minha função antiga?" "Função?" tilintou a coruja. "Aqui decidimos o que é função — Quem manda aqui é a coruja, e pronto! Não há antiga função, sala ou canto para você."
😔 O filhote voltou cabisbaixo. Sua mãe disse: "Eles chamam isso de cuidado, filho, mas é o barulho do poder fazendo festa."
🦅 Os corvos cochicharam que a coruja prometera uma salinha que nunca existiu, rindo alto. O filhote copiou o eco e escreveu tudo em um pergaminho: "Se o bosque não ouvir, eu farei a história chegar ao rio."
✨ A mãe ensinou: "Não jogue barro nas asas da coruja. Use suas penas contra ela: registre, mostre datas, nomes, faça do silêncio um arquivo que ninguém ignore."
📜 O rato começou a organizar — não só lápis, mas provas. Cada caneta emprestada virou linha do tempo; cada risada, testemunha; cada mentira, parágrafo. A coruja continuou a cuspir ordens sem perceber que estava sendo anotada.
🌊 No final, quando o rio leu o pergaminho, os animais entenderam: não era vingança, mas justiça clara, exigindo respeito.
💡 O filhote aprendeu que o caminho para derrubar um poleiro podre não é com veneno, mas com provas, tempo e paciência. A coruja encontrou sua própria sombra refletida nas páginas que julgara inúteis.
📌 Moral: quando o poder disfarça desprezo de cuidado, transforme cuidado em prova e a prova em história. O resto, a floresta decide!
📌 Nota: obra literária em formato de fábula para análise crítica e reflexiva. Qualquer associação é coincidência ou interpretação individual.
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