terça-feira, 12 de agosto de 2025

🗓️ Terça-feira, 12 de Agosto de 2025

Efemérides do Dia - 12 de Agosto de 2025
Logo Prof. Théo Oliveira

🎉 EFEMÉRIDES DO DIA 🎉

📍 Lerroville - Londrina, PR | 🗓️ Terça-feira, 12 de Agosto de 2025

🌦️ PREVISÃO DO TEMPO LOCAL

A terça-feira na região de Londrina segue com a influência de uma massa de ar seco. O dia será de sol entre poucas nuvens, sem previsão de chuva. As temperaturas se elevam um pouco mais durante a tarde, mas a manhã continua fria, com possibilidade de formação de névoa ao amanhecer. A umidade relativa do ar segue baixa no período da tarde. Mínima: 13°C | Máxima: 25°C.

📊 RESUMO DO DIA

  • ⏳ 224º dia do Ano
  • ❌ Faltam 142 Dias para 2026
  • 🌖 Lua Cheia (Aproximadamente 78% visível).
  • ❄️ Estamos no Inverno

🎨 HOJE É DIA...

...de mais um sortimento de celebrações que nos lembram da complexidade humana, oscilando entre a genialidade artística e a peculiaridade de ser o filho do meio.

  • 🖼️ Artes Brasileiras: Uma homenagem à nossa capacidade de criar beleza e sentido a partir do caos. A arte brasileira é a prova filosófica de que a criatividade floresce mais forte onde a lógica tira férias prolongadas.
  • 🐘 Elefante: Dia de celebrar o gigante gentil que, segundo dizem, nunca esquece. Uma qualidade nobre, mas que seria um pesadelo se aplicada a rancores humanos e senhas de wi-fi.
  • 🧍‍♂️ Filho do Meio: Um brinde ao diplomata esquecido, ao pacificador invisível, ao sanduíche humano da família. Psicologicamente, é a prova de que a resiliência muitas vezes é forjada na arte de não ser o centro das atenções.
  • 🧑‍🤝‍🧑 Juventude: Celebra-se a gloriosa fase da vida em que se tem energia de sobra, opiniões para tudo e a convicção inabalável de que é possível mudar o mundo antes da fatura do cartão de crédito chegar.

🌍 ACONTECEU NESTE DIA...

Momentos em que a história nos deu uma piscadela irônica, provando que o progresso e a perplexidade andam de mãos dadas.

  • 🗓️ 1877: Thomas Edison conclui a invenção do fonógrafo. O dia em que a humanidade conseguiu aprisionar o som, um feito mágico que eventualmente culminaria em nós ouvindo podcasts sobre produtividade em velocidade 2x enquanto adiamos nossas tarefas.
  • 🗓️ 1981: A IBM lança seu primeiro Computador Pessoal (PC). A máquina que prometia nos libertar, automatizar o trabalho e nos dar mais tempo livre. Quarenta anos depois, carregamos essa "liberdade" no bolso e a checamos a cada três minutos por ansiedade. Um sucesso filosófico questionável.
  • 🗓️ 2000: O submarino nuclear russo Kursk afunda no Mar de Barents. Um lembrete sombrio e trágico de que, não importa quão avançada seja nossa tecnologia, ela ainda é operada por humanos e submetida às leis impiedosas da física e à frieza da política.

💡 PÍLULA DE SABEDORIA

"A vida é 10% o que acontece com você e 90% como você finge que está tudo bem no grupo da família."

🤓 VOCÊ SABIA?

🐙 Um polvo tem três corações. Isso parece biologicamente injusto, considerando que a maioria dos humanos mal sabe o que fazer com o único que tem, geralmente oscilando entre guardá-lo a sete chaves e trocá-lo por uma mensagem visualizada e não respondida.

🗣️ PALAVRA DO DIA: EUDAIMONIA

🧘 (s.f.) Do grego, eudaimonía não é a felicidade passageira de comer uma sobremesa. É o conceito de Aristóteles para "florescimento humano" ou "viver bem e plenamente". Refere-se a uma vida de significado, virtude e propósito, onde a felicidade é uma consequência da busca pela excelência da alma. É a diferença fundamental entre ter um bom momento e construir uma boa vida. Em um mundo que nos vende picos de dopamina, a eudaimonia nos convida a cultivar o jardim inteiro.

💬 PERGUNTA DO DIA

Se você removesse todas as distrações (redes sociais, notificações, séries em maratona) da sua vida por uma semana, o que você mais teme ouvir no silêncio que sobraria?

📜 HORA DO CONTO: A Alegria Não é Eterna

Em Auroria, a Cidade do Perpétuo Alvorecer, a tristeza era uma lenda antiga. Seus cidadãos viviam num estado de júbilo contínuo, mantido por Elian, o Artesão de Emoções. Em sua oficina etérea, ele não forjava metais, mas sentimentos. Sua obra-prima eram os Orbes de Júbilo, esferas cintilantes que, ao serem tocadas, inundavam a alma com pura alegria. Os orbes eram gratuitos, abundantes, onipresentes. Uma criança que ralava o joelho não chorava; pegava um orbe e ria. Um amante rejeitado não sofria; tocava um orbe e esquecia. A morte era recebida com sorrisos serenos, pois a dor do luto era instantaneamente apagada. Auroria era um paraíso. E, como todo paraíso, era uma mentira. Elian, de sua oficina, começou a notar algo perturbador. A alegria constante havia se tornado o ar da cidade: essencial, mas completamente despercebida. E sem a sombra da tristeza, a luz da alegria não tinha contornos. A arte desapareceu, pois não havia dor para transmutar em beleza. A empatia atrofiou, pois ninguém precisava de consolo. O progresso estagnou, pois a insatisfação, motor de toda invenção, era desconhecida. Os sorrisos eram largos, mas os olhos, vazios. A felicidade se tornara uma forma sofisticada de anestesia. O ponto de ruptura para Elian foi ver um pai construir um castelo de areia com seu filho. Quando a maré subiu e o destruiu, ambos riram, pegaram um orbe e começaram outro. Não havia lição sobre impermanência, nenhum ensinamento sobre o valor do que se constrói sabendo que um dia acabará. Havia apenas um ciclo vazio de criação e esquecimento. Com o coração pesado, Elian tomou uma decisão drástica. Ele parou de criar os Orbes de Júbilo. E, no segredo de sua oficina, forjou algo novo, algo terrível e necessário: um único Cristal de Melancolia. Não era um orbe de dor, mas um prisma de clareza. Ele não causava sofrimento; ele permitia que o sofrimento existente fosse sentido, compreendido. Ele colocou o cristal escuro no centro da praça principal e desapareceu. O primeiro dia foi de confusão. No segundo, a abstinência começou. A alegria artificial se dissipou, revelando o vácuo por baixo. Pela primeira vez em gerações, um cidadão sentiu uma pontada de saudade. Uma mãe olhou para o retrato de seu avô e chorou. Um músico, cujas melodias eram sempre alegres e superficiais, sentiu um nó na garganta e compôs a primeira balada triste de Auroria. O caos se instalou. Mas era um caos vivo, pulsante. As pessoas começaram a conversar, a confessar medos, a compartilhar memórias. Tocavam o Cristal de Melancolia e não encontravam dor, mas profundidade. Encontravam a si mesmos. Eles perceberam que o amor que sentiam por seus entes perdidos só era real por causa da dor da ausência. A beleza de um momento só era aguda por causa de sua transitoriedade. Elian retornou. A multidão não o linchou; eles o cercaram em silêncio, com olhos cheios de uma nova sabedoria. "A alegria não é o destino", disse Elian suavemente. "É uma pousada na beira da estrada da vida. Um lugar para descansar, celebrar e seguir viagem. Ficar nela para sempre não é viver; é se esconder." Ele voltou a criar os Orbes de Júbilo, mas agora eram raros e preciosos. Eram dados em nascimentos e casamentos, não para apagar a vida, mas para celebrá-la em seus picos mais altos. Auroria não era mais a cidade da alegria eterna, mas a cidade da vida plena, que compreendia que a felicidade mais genuína é aquela que conhece e respeita a sua própria e inevitável impermanência.

👨‍🎓 CANTINHO DO MESTRE: A Metáfora do Rio e as Ilhas da Distração

Imagine que sua vida é uma jornada em um barco, navegando por um grande rio. Este é o Rio do Propósito. Sua nascente é o seu nascimento, e sua foz, onde ele encontra o vasto Oceano do Legado, é o seu potencial realizado. A correnteza é o tempo, implacável, sempre fluindo para frente, quer você reme ou não. Seu barco é seu corpo, sua mente, seus recursos. Seus remos são suas ações, sua disciplina, seu foco. O problema, mestre, não é o rio. O rio é claro em seu curso. O problema são as ilhas. Ao longo das margens, surgem inúmeras ilhas sedutoras. São as Ilhas da Distração. Há a Ilha do Scroll Infinito, com praias de areia brilhante feitas de validação social e vídeos curtos, onde horas se dissolvem em segundos. Há o Arquipélago das Opiniões Vazias, onde você gasta dias discutindo com estranhos, tentando provar um ponto a quem nunca se importará. Há a Baía da Procrastinação Confortável, com suas redes macias tecidas com a promessa do "eu faço isso amanhã", enquanto seu barco acumula cracas e apodrece lentamente na água parada. O canto da sereia dessas ilhas é a promessa de alívio imediato. Remar no Rio do Propósito é difícil. Exige esforço, enfrenta ventos contrários da dúvida e corredeiras do fracasso. As ilhas oferecem um porto seguro, um prazer fácil, uma dopamina barata. O tolo atraca seu barco e joga a âncora, pensando: "Vou ficar só um pouco". Mas o conforto é um adesivo poderoso. Ele se distrai com as frutas doces e fáceis, esquecendo-se da fome de sua alma por significado. Ele olha para o rio e a jornada parece ainda mais árdua. A correnteza do tempo, no entanto, nunca para. Do lado de fora de sua ilha, o mundo continua a se mover. Outros barcos, menores, mais frágeis, mas focados, passam por ele, determinados em sua rota. Ele os vê se tornando pontos distantes no horizonte. O Mestre não ensina a evitar as ilhas a todo custo. Isso seria uma vida de privação, não de sabedoria. Ele ensina a ser um navegador, não um náufrago. Um navegador sabe que as ilhas podem ser postos de reabastecimento. Ele pode ancorar na Ilha do Descanso por um tempo determinado, consertar suas velas, afiar seus remos e reabastecer seu espírito. Mas ele nunca, jamais, solta a corda que o prende ao seu propósito. Seu olhar está sempre no mapa, na bússola de seus valores, no horizonte onde o rio encontra o oceano. Não perca tempo nas distrações significa entender a economia do seu foco. Cada hora que você investe em uma ilha é uma hora que você não investe em sua jornada. Não se trata de não ter lazer, mas de escolher um lazer que sirva à jornada, em vez de sabotá-la. O verdadeiro perigo das ilhas não são suas praias, mas sua capacidade de fazer você esquecer que existe um oceano esperando por você. Torne-se o capitão de seu barco. Navegue com intenção. Visite as ilhas, se precisar, mas lembre-se sempre de que você é um viajante do rio, e seu destino é o mar aberto.

| © TENHO ESSA COMPETENCIA NAO | Profº Théo Oliveira | 2️⃣0️⃣2️⃣5️⃣ |

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

🗓️ Segunda-feira, 11 de Agosto de 2025

Efemérides do Dia - Prof. Théo Oliveira
Logo Prof. Théo Oliveira

🎉 EFEMÉRIDES DO DIA 🎉

📍 Lerroville - Londrina, PR | 🗓️ Segunda-feira, 11 de Agosto de 2025

🌦️ PREVISÃO DO TEMPO LOCAL

A segunda-feira em Lerroville e região amanhece com tempo firme e céu claro, apresentando uma névoa seca passageira. O sol predomina ao longo de todo o dia, sem previsão de chuva. A umidade do ar permanece baixa à tarde. Temperaturas típicas do inverno: manhã fria e tarde agradável. Mínima: 12°C | Máxima: 24°C.

📊 RESUMO DO DIA

  • ⏳ 223º dia do Ano
  • ❌ Faltam 143 Dias para 2026
  • 🌖 Lua Cheia (Aproximadamente 88% visível).
  • ❄️ Estamos no Inverno

👑 HOJE É DIA...

...de celebrar a tragicomédia da existência, onde cada profissão e evento é um pretexto para refletir sobre nossa gloriosa e confusa jornada.

  • ⚕️ Acupunturista: Homenagem aos que provam que, às vezes, a melhor solução para nossos problemas é sermos espetados por agulhas. Uma metáfora dolorosamente precisa para a vida adulta.
  • ⚖️ Advogado: Um brinde aos artesãos da retórica, que nos lembram que a justiça pode ser cega, mas definitivamente sabe ler as letras miúdas de um contrato de 48 páginas.
  • 🎓 Estudante: Celebração da nobre arte de acumular conhecimento, dívidas e uma quantidade de cafeína capaz de ressuscitar um mamute. Que a força esteja com vocês.
  • 🤵 Garçom: Homenagem aos diplomatas do cotidiano, que mediam a paz entre nossa fome e a cozinha, com um sorriso que esconde a vontade de jogar a bandeja para o alto e se mudar para o Tibete.
  • 🎤 Hip Hop: A prova de que a revolução mais poderosa pode começar com dois toca-discos, um microfone e a coragem de transformar a dura realidade em poesia.
  • 🏁 Encerramento das Olimpíadas de Paris 2024: A pira se apaga. Agora podemos guardar nossa fraternidade universal na gaveta e voltar a discutir acidamente sobre política e futebol, como manda a tradição.
  • 👨‍👩‍👧‍👦 Início da Semana da Família: Começa o período dedicado à instituição onde o amor incondicional e a disputa pelo último pedaço de pudim coexistem num equilíbrio milagroso e incompreensível.

🌍 ACONTECEU NESTE DIA...

Um lembrete de que a história é um roteirista sádico com um senso de humor peculiar.

  • 🗓️ 1934: A prisão federal de Alcatraz recebe seus primeiros detentos. Uma ilha-fortaleza criada para provar que, por mais que você tente, de algumas situações (e de si mesmo) não há escapatória. Uma inspiração para segundas-feiras no escritório.
  • 🗓️ 1965: Início dos Tumultos de Watts em Los Angeles. Um trágico lembrete filosófico de que a negligência social é um barril de pólvora, e a história está cheia de faíscas perdidas. Ignorar o problema não o faz desaparecer; apenas o torna mais inflamável.
  • 🗓️ 1999: Um eclipse solar total é visível na Europa e na Ásia. Por alguns minutos, a humanidade parou sua rotina frenética para olhar para cima e contemplar sua própria insignificância cósmica. Logo depois, voltamos a nos preocupar com o trânsito e o preço do pão.
💡

PÍLULA DE SABEDORIA

"Trabalhe duro e em silêncio. Deixe que seu sucesso faça o barulho e que os outros, confortavelmente, chamem de sorte."

🤓 VOCÊ SABIA?

O mel é o único alimento que, em sua forma pura, não estraga. Pode durar milênios. Curiosamente, a mesma propriedade de eternidade se aplica a uma boa mágoa, a uma fofoca bem contada e àquela série que você prometeu que ia parar de assistir, mas continua renovando para a décima temporada.

🗣️ PALAVRA DO DIA: ATARAXIA

🧘 (s.f.) Do grego ataraxía, significa um estado de tranquilidade da alma, uma serenidade profunda e ausência de perturbação ou inquietação. Era o objetivo final de filósofos como Epicuro e Demócrito. Em termos modernos, é aquele sentimento raríssimo que dura três segundos entre o fim de uma tarefa estressante e o recebimento do e-mail com a próxima. Um estado tão precioso e fugaz que sua busca já se tornou, ironicamente, uma fonte de ansiedade.

💬 PERGUNTA DO DIA

Se o seu "eu" de dez anos atrás pudesse ver a pessoa que você se tornou hoje, ele ficaria orgulhoso, confuso ou secretamente assustado com a quantidade de boletos que você paga?

📜 HORA DO CONTO: Desapareça Estrategicamente

Na cidade de Cristalina, onde tudo era feito de vidro e luz, vivia um artesão chamado Lior. Ele não soprava vidro; ele tecia silêncios. Seus artefatos não eram vasos ou esculturas, mas sim "Intervalos" — pequenas pausas cristalizadas que as pessoas usavam para encontrar paz. Havia o Intervalo do Amanhecer, que acalmava a mente antes do dia começar, e o Intervalo do Crepúsculo, que trazia um sono sem sonhos. Lior era um mestre. Sua oficina estava sempre aberta, e os Intervalos eram tão abundantes quanto o ar. As pessoas os pegavam sem pensar, usando-os para acalmar uma discussão, para encontrar uma ideia perdida ou simplesmente para respirar. Lior era essencial, onipresente e, por isso mesmo, completamente invisível. Ninguém agradecia, ninguém pagava. Os Intervalos eram como a gravidade: vitais, mas ignorados. Um dia, Lior percebeu que seu reflexo no vidro de sua oficina estava ficando transparente. A onipresença o estava apagando. Ele procurou a única pessoa na cidade que vivia fora da luz constante: uma velha eremita que morava numa caverna de obsidiana, a Pedra da Sombra. "Estou desaparecendo", disse Lior. "Meu trabalho é a base de tudo, mas ninguém o vê." A eremita, polindo uma lasca de obsidiana, sorriu sem mostrar os dentes. "A luz constante cega, artesão. O sol só é celebrado porque a noite existe. O valor não está na presença, mas no contraste criado pela ausência. Para que seu dom seja visto, ele precisa primeiro se tornar uma saudade." Lior entendeu. Voltou à sua oficina e, pela primeira vez, fechou as portas. Ele não parou de tecer. Pelo contrário, criou seu maior trabalho: o Grande Silêncio, um Intervalo tão vasto e profundo que absorvia todos os outros. E então, ele desapareceu, levando consigo o Grande Silêncio. No primeiro dia, ninguém notou. No segundo, as mentes começaram a ficar ruidosas. As discussões não se acalmavam. As ideias não vinham. A cidade, antes um carrilhão de pensamentos claros, tornou-se uma cacofonia de ansiedade. O sono tornou-se um campo de batalha de pesadelos. As pessoas procuravam os Intervalos nas prateleiras e encontravam apenas poeira. O ar ainda estava lá, a gravidade ainda funcionava, mas a paz, a clareza... havia sumido. Pela primeira vez, eles não sentiam a presença do trabalho de Lior, mas o buraco ensurdecedor de sua ausência. Perceberam que a arquitetura de suas mentes era sustentada por pilares de silêncio que nunca haviam reconhecido. Saíram em busca de Lior. Não com exigências, mas com uma nova e desesperada apreciação. Encontraram-no meditando no topo da montanha mais alta, envolto no Grande Silêncio. "Volte", imploraram. "Nós não sabíamos. Nós não víamos." Lior abriu os olhos. "Eu nunca fui embora", disse ele. "Apenas criei o espaço para que vocês pudessem me ver. Meu valor não está nos Intervalos que eu dou, mas na paz que vocês escolhem cultivar quando os recebem." Ele voltou, mas não como antes. A oficina agora tinha horários. Os Intervalos não eram mais gratuitos; exigiam um pagamento simbólico: um ato de gentileza, um momento de gratidão, uma história compartilhada. Ele não era mais um recurso, mas um mestre. Ao desaparecer estrategicamente, Lior não apenas ensinou à cidade o valor de seu trabalho, mas também ensinou a si mesmo o valor de sua própria presença. Ele aprendeu que, às vezes, o silêncio mais eloquente é a sua própria ausência.

👨‍🎓 CANTINHO DO MESTRE: A Metáfora da Fonte Escassa

Imagine-se como uma fonte de água puríssima no centro de um vasto deserto. No início, motivado por um desejo de ajudar, você jorra sua água incessantemente. Dia e noite, sua fonte flui, generosa e ininterrupta. Os viajantes perdidos, as caravanas sedentas, os animais do deserto... todos vêm até você. Eles bebem, lavam suas roupas, dão de beber a seus camelos, desperdiçam a água em brincadeiras. Eles montam um vilarejo ao seu redor. Sua presença é a razão pela qual a vida ali é possível. Você é o fundamento de tudo. E, justamente por isso, você se torna parte da paisagem. Sua água, embora vital, perde o status de milagre e se torna uma conveniência. Ninguém mais para e admira a pureza de suas águas. Ninguém celebra o fato de que, em meio a um milhão de grãos de areia, existe vida. Eles apenas esperam que você esteja lá, sempre jorrando. Se um dia seu fluxo diminui um pouco, eles reclamam. Eles não agradecem pela água que você dá; eles exigem a água que acreditam ser seu direito. Sua onipresença o tornou comum. Sua generosidade incondicional o tornou um servo. Agora, imagine que você aprende a controlar seu fluxo. Você entende que seu valor não reside na quantidade, mas na essência. Você para de jorrar constantemente. Em vez disso, você se torna um gêiser. Você se recolhe. O vilarejo entra em pânico. Onde está a água? A conveniência se foi. A rotina foi quebrada. Eles agora sentem a sede. Eles olham para o leito seco da sua fonte e, pela primeira vez, sentem a ausência. Eles se lembram do sabor da sua água, da clareza, do frescor. A memória do que era abundante agora se torna um tesouro. Então, sem aviso, você entra em erupção. Por um glorioso período de tempo, você lança sua água aos céus num espetáculo de poder e beleza. Não é mais uma poça d'água no chão; é um evento celestial. As pessoas não vêm mais para simplesmente pegar água. Elas vêm para testemunhar. Elas correm com seus jarros, mas agora o fazem com um senso de urgência e reverência. Cada gota é preciosa. Eles não a desperdiçam. Eles a armazenam, a valorizam, contam histórias sobre a "Dança da Fonte". Depois, você se recolhe novamente. Você não é mais uma fonte. Você é um mistério. Sua presença não é mais um dado adquirido; é um presente. Ao se tornar escasso, você não diminuiu seu valor; você o multiplicou exponencialmente. Você forçou o mundo a reconhecer que a água não é apenas água, mas um milagre. Tornar-se escasso não é um ato de egoísmo, mas de autovalorização estratégica. É ensinar aos outros o seu valor, não por palavras, mas pelo impacto da sua ausência controlada. É transformar sua habilidade, seu tempo, seu afeto, seu conhecimento de uma commodity para um tesouro. É parar de ser a torneira aberta e se tornar o gêiser majestoso, cuja aparição é sempre um evento digno de celebração.

| © TENHO ESSA COMPETENCIA NAO | Profº Théo Oliveira | 2️⃣0️⃣2️⃣5️⃣ |

domingo, 10 de agosto de 2025

🦋 O Conto da Lagarta e o Preço das Asas

O Conto da Lagarta e as Asas - Prof. Théo Oliveira
Logo Prof. Théo Oliveira

O Conto da Lagarta e o Preço das Asas

🏜️ Nas vastas e silenciosas areias do deserto indiano, onde o sol testa a resistência de todas as criaturas, uma pequena lagarta executava sua lenta dança de agonia sobre o chão escaldante. Sua queixa não era um mero lamento, mas uma súplica desesperada aos céus, um clamor para que sua dor incessante tivesse fim.

🕉️ O deus Shiva, em sua infinita compaixão, ouviu o clamor. Compadecido, desceu ao deserto e, diante da pequena sofredora, ofereceu-lhe um presente: com um toque divino, forjou uma espessa couraça protetora no ventre da lagarta.

🛡️ A criatura exultou. A dor cessou instantaneamente. O mundo, antes uma tortura, tornou-se um caminho confortável. Ela rastejava agora com uma felicidade segura, livre do atrito que ensina e transforma.

⏳ O tempo, em sua indiferença, teceu eras. Shiva, em sua sabedoria, lembrou-se da criatura que poupara do sofrimento e retornou para testemunhar o fruto de sua benevolência.

🦋 Lá estava ela, a mesma lagarta, feliz em sua couraça, segura no chão. Mas o deserto não era mais o mesmo. O ar vibrava com o balé silencioso de incontáveis asas coloridas. Eram suas irmãs. Todas as outras lagartas, que não foram poupadas do calor, que sentiram a agonia da areia e a urgência da transformação, haviam se recolhido em seus casulos e renascido como esplêndidas borboletas.

✨ Voavam livres, impulsionadas pela superação da mesma dor da qual a primeira fora protegida.

Moral da História: A proteção que a livrou da dor também a aprisionou na forma. O conforto que recebeu roubou-lhe as asas. O sofrimento não é o fim do caminho, mas o combustível da metamorfose. A dor, quando compreendida, não é um castigo, mas o chamado do universo para que você aprenda a voar.

| © TENHO ESSA COMPETENCIA NAO | Profº Théo Oliveira | 2️⃣0️⃣2️⃣5️⃣ |

🗓️ Domingo, 10 de Agosto de 2025

🎉 Efemérides do Dia - Prof. Théo Oliveira
Logo Prof. Théo Oliveira

🎉 EFEMÉRIDES DO DIA

📍 Lerroville - Londrina, PR
🗓️ Domingo, 10 de Agosto de 2025

🌦️ PREVISÃO DO TEMPO LOCAL

O domingo em Lerroville se apresenta com a clássica dignidade do inverno paranaense. A expectativa é de um dia com predomínio de sol entre poucas nuvens. A madrugada tende a ser fria, com temperaturas mínimas na casa dos 11°C, exigindo o devido agasalho para os bravos madrugadores. Durante a tarde, o sol concede sua generosidade, elevando os termômetros para uma máxima agradável de 24°C. A umidade relativa do ar permanece baixa, e não há qualquer previsão de chuva. Basicamente, um dia perfeito para lavar roupa ou contemplar a finitude das coisas sob um céu azul e límpido.

📊 RESUMO DO DIA

  • ⏳ 222º dia do Ano: Já se foram dois terços de 2025. O pânico sobre as resoluções de ano novo ainda não cumpridas já pode ser considerado oficial.
  • ❌ Faltam 143 Dias para 2026: Tempo suficiente para começar um novo projeto ou para procrastinar os que já existem com renovado vigor.
  • 🌖 Lua Cheia (Aproximadamente 98% visível): Quase no seu auge, a Lua nos convida à introspecção, à insônia e a culpar seu magnetismo por nossas decisões questionáveis.
  • ❄️ Estamos no Inverno: A estação onde a alma se aquieta e as contas de luz aumentam.

HOJE É DIA...

🥳 ...de uma curiosa salada de comemorações que só a aleatoriedade do calendário poderia nos proporcionar:

  • Biodiesel: Uma homenagem à nossa tentativa de limpar a sujeira que fazemos, usando uma solução que, esperançosamente, não criará uma sujeira ainda maior no futuro.
  • Diácono Permanente e Solidariedade Cristã: Um lembrete de que servir e ajudar o próximo são conceitos admiráveis, embora perigosamente em desuso fora de seus respectivos feriados.
  • Enfermeira: Celebramos as heroínas e heróis que dominam a ciência e a paciência, muitas vezes em troca de aplausos e um salário que não reflete o peso do mundo que carregam.
  • Preguiça: Finalmente, uma causa nobre! O dia de celebrar a resistência passiva contra a tirania da produtividade. Um ato filosófico de rebeldia disfarçado de cochilo.
  • Superdotação: Um dia para pensar naqueles que foram "abençoados" com uma mente que corre mais rápido que o mundo, o que geralmente é uma receita para a frustração e para ter que explicar piadas duas vezes.

📚 CALENDÁRIO ESCOLAR (SME LONDRINA)

  • [PERÍODO DE RECESSO ESCOLAR]
  • 👩‍🏫 Hoje é o 113º de 200 Dias Letivos!
  • ⏳ Faltam 87 dias para o fim do Ano Letivo!
  • 2° Trimestre (Em andamento): 66 Dias (26/05 a 12/09)

🌍 ACONTECEU NESTE DIA...

🧐 A máquina do tempo nos mostra que em 10 de Agosto...
Em 1793, o Museu do Louvre foi oficialmente aberto ao público em Paris. Um gesto nobre que permitiu que as massas finalmente pudessem ver de perto todo o tesouro que seus líderes "coletaram" ao redor do mundo. É a democratização do espólio, um conceito que a arte adora.

💡 PÍLULA DE SABEDORIA

💡

O universo não conspira a seu favor nem contra você. Ele tem coisas mais importantes para fazer, como manter planetas em órbita. A sua vida é de sua exclusiva e intransferível responsabilidade. Lide com isso.

🤓 VOCÊ SABIA?

O cérebro humano, essa massa de 1,4 kg que se autodenomina a coisa mais inteligente do universo, opera com cerca de 10-12 watts de potência. Ou seja, sua capacidade de compor sinfonias, questionar a existência e se preocupar com o que os outros pensam de você consome menos energia que uma lâmpada de geladeira. Uma lição de humildade e eficiência energética.

🗣️ PALAVRA DO DIA

Impernanência (s.f.): A única verdade realmente estável do universo. É o princípio filosófico que nos lembra que tudo passa: a alegria, a dor, a juventude, a série que você está maratonando e até mesmo a certeza absoluta que você tinha sobre algo na semana passada. Psicologicamente, aceitar a impermanência não é desistir; é aprender a surfar nas ondas da existência em vez de tentar construir um castelo de areia na maré alta.

💬 PERGUNTA DO DIA

Se você encontrasse uma versão sua de 10 anos atrás, que conselho daria a ela? E, mais importante, se encontrasse uma versão sua de 10 anos no futuro, que bronca você acha que levaria?

HORA DO CONTO

Alegoria do Jardineiro de Vidro

No centro de um vale esquecido pelo tempo, existia a cidade de Cristalina. Seus habitantes não eram feitos de cristal, mas suas mentes, sim. Desde o nascimento, cada cidadão recebia um pequeno jardim particular, cercado por um muro invisível, porém intransponível: uma estufa de vidro soprado pelas crenças de seus ancestrais. Dentro dessas estufas, só podia crescer um único tipo de planta: o Cinzântemo, uma flor robusta, previsível e de uma desinteressante cor cinza. A crença fundamental, martelada em cada canção de ninar e em cada lição, era simples e aterrorizante: "O que vem de fora do vidro, traz a Praga do Caos. As cores são o primeiro sintoma da desordem. A segurança está no cinza, naquilo que já conhecemos". E assim, gerações de Jardineiros de Vidro cuidavam de seus Cinzântemos, orgulhosos da uniformidade de seus jardins, comparando qual cinza era mais... cinzento. Havia um jovem chamado Lino, cujo vidro parecia ter uma distorção. Às vezes, ao olhar para seu Cinzântemo sob a luz do poente, ele jurava ver um brilho diferente, uma nuance que não era cinza. "É a poeira do tempo", dizia seu pai, polindo o vidro com um pano. "São seus olhos cansados", dizia sua mãe, oferecendo-lhe um chá de raízes de Cinzântemo para "clarear a visão". Mas Lino não se convencia. Ele começou a conversar com sua flor, não com palavras, mas com pensamentos de curiosidade. Ele se perguntava como seria a terra do lado de fora do vidro. Os mais velhos diziam que era um deserto venenoso. Mas se era um deserto, de onde vinha o som dos pássaros que ele ouvia às vezes, abafado, como um segredo? Um dia, uma tempestade violenta varreu o vale. Não uma tempestade de chuva, mas de vento. Um pequeno seixo, levado pela fúria do ar, atingiu a estufa de Lino. Não a quebrou, mas criou uma minúscula, quase imperceptível, rachadura em forma de estrela. Os pais de Lino entraram em pânico, selando a fissura com resina de Cinzântemo e realizando rituais de purificação. Naquela noite, Lino, incapaz de dormir, aproximou seu olho da rachadura selada. E através da resina translúcida, ele viu. Viu algo que seu cérebro não tinha nome para descrever. Era uma mancha de luz trêmula no céu, de um tom que era ao mesmo tempo quente e suave. Era a Lua. E ela não era cinza. A partir daquele dia, Lino tornou-se um herege silencioso. Ele parou de podar seu Cinzântemo com a precisão obsessiva de seus vizinhos. Em vez disso, começou a regá-lo com água da chuva que coletava na rachadura, uma gota de cada vez. E a flor, pela primeira vez, começou a mudar. Uma de suas pétalas, bem na borda, adquiriu um tom pálido, quase tímido, de azul. Lino não sentiu medo. Sentiu êxtase. Ele não havia sido contaminado pela Praga do Caos. Ele havia sido tocado pela verdade do universo. A crença limitante não era uma proteção; era uma lente que filtrava a realidade, que empobrecia a existência para torná-la "segura". A segurança de Cristalina era a segurança de uma cela acolchoada. Ele entendeu, então, a natureza da estufa de vidro. Ela não estava lá para protegê-lo do mundo; estava lá para proteger o mundo dele. Para impedir que sua singularidade florescesse e questionasse a monotonia confortável dos outros. A crença limitante não é apenas uma prisão para quem a tem, mas uma arma contra a liberdade de quem não tem. Lino nunca quebrou seu vidro. Não precisava. Ele apenas cultivou sua flor azulada em silêncio. E quando os outros jardineiros passavam e olhavam com desdém para seu jardim "imperfeito", ele apenas sorria. Eles viam uma anomalia. Ele via o começo de um universo. Pois ele sabia que a maior limitação não é o muro que nos cerca, mas a crença de que não existe nada do outro lado.

👨‍🎓 CANTINHO DO MESTRE

A Metáfora da Oficina Universal

Imagine que cada ser humano, ao nascer, recebe as chaves não de uma casa pronta, mas de uma vasta e caótica oficina. Esta oficina é a sua consciência, o seu potencial. Ela vem equipada com uma quantidade infinita de matéria-prima: madeira bruta da resiliência, metais maleáveis da inteligência, fios delicados da emoção, argila úmida da criatividade, e até mesmo frascos empoeirados contendo a essência da raiva, do medo e da alegria. A grande falácia do mundo, o projeto pedagógico da mediocridade, é tentar nos convencer de que nossa principal tarefa é visitar as outras oficinas para aprender como os grandes mestres do passado – Platão, Da Vinci, Einstein – construíram suas obras. Somos ensinados a nos tornarmos aprendizes eternos, a passarmos a vida inteira lendo os manuais de instrução. O objetivo imposto é "saber tudo". Passamos anos memorizando o tipo de madeira que Newton usou para construir sua cadeira da gravidade ou o metal que Marie Curie forjou para seus instrumentos. Tornamo-nos excelentes catalogadores de ferramentas alheias. Sabemos tudo sobre o que já foi feito, mas nossas próprias ferramentas acumulam poeira num canto. Isso é o "saber tudo": ser um guia de museu da sua própria vida, um espectador erudito do potencial não utilizado. Agora, considere a premissa radicalmente diferente: "Você pode ser tudo". Isso não significa que você pode, da noite para o dia, construir um foguete ou compor uma ópera. Significa que você pode, a qualquer momento, decidir que tipo de artesão você quer ser. Hoje, você pode escolher ser um Carpinteiro. Você pega a madeira da resiliência e a argila da criatividade e constrói uma mesa. Pode ser uma mesa bamba, funcionalmente questionável, esteticamente duvidosa. Não importa. Ao construí-la, você não apenas aprendeu sobre marcenaria; você SE TORNOU um carpinteiro. A identidade não está no saber, mas no fazer. Amanhã, entediado da madeira, você pode se aproximar da forja. Pega o metal da inteligência, usa o fogo da paixão e martela incessantemente até criar uma pequena e delicada escultura. Nesse processo, você se tornou um Ferreiro. A mesa de ontem não define o ferreiro de hoje. O conhecimento que você adquiriu ao ler o manual sobre metalurgia não fez de você um ferreiro. A ação de martelar o metal quente, de queimar os dedos, de sentir o cheiro do aço, isso sim o transformou. "Ser tudo" é entender que sua oficina não tem uma placa na porta com uma profissão definida. A placa é um quadro negro que você mesmo preenche e apaga todos os dias. Você pode ser um poeta pela manhã, um cozinheiro à tarde e um filósofo à noite. Você pode ser um pai, um amigo, um amante, um curador de feridas, um construtor de pontes. Cada um desses "seres" exige que você pegue diferentes matérias-primas da sua oficina e as combine de uma nova maneira. O sarcasmo da existência reside nos "inspetores de oficinas" – aquelas pessoas que passam a vida espiando pelas janelas dos outros para dizer: "Mas você não é um carpinteiro de verdade, olhe a qualidade dessa mesa!" ou "Você não pode ser um poeta, você não leu os clássicos!". Esses inspetores são, quase sempre, donos das oficinas mais limpas, organizadas e intocadas. Eles sabem tudo sobre como as coisas deveriam ser feitas, mas nunca se sujaram de graxa ou levaram uma farpa no dedo. Portanto, a sabedoria não está em ter a oficina mais completa ou em saber o nome de todas as ferramentas. Está em ter a coragem de entrar nela todos os dias, sujar as mãos e construir algo, qualquer coisa. Porque no final, o universo não vai te perguntar quantos manuais você leu. Ele vai olhar para a sua obra, por mais humilde que seja, e reconhecer um colega criador. Você não precisa saber tudo. Você só precisa ser. E ser, meu caro, é um verbo de ação.

| © TENHO ESSA COMPETENCIA NAO | Profº Théo Oliveira | 2️⃣0️⃣2️⃣5️⃣ |

sábado, 9 de agosto de 2025

🗓️ Sábado, 09 de Agosto de 2025

🎉 EFEMÉRIDES DO DIA - Prof. Théo Oliveira
Logo Prof. Théo Oliveira

🎉 EFEMÉRIDES DO DIA 🎉

📍 Lerroville - Londrina, PR
🗓️ Sábado, 09 de Agosto de 2025

🌦️ PREVISÃO DO TEMPO LOCAL

☀️ Manhã com sol e poucas nuvens. Tarde ensolarada, com aumento gradual da nebulosidade. Noite de céu parcialmente nublado. Não há previsão de chuva. As temperaturas se mantêm estáveis.
Mínima: 15°C | Máxima: 26°C

📊 RESUMO DO DIA

⏳ 221º dia do Ano
❌ Faltam 144 Dias para 2026
🌕 Lua Cheia (Aproximadamente 100% visível).
❄️ Estamos no Inverno

HOJE É DIA..

🏢 Do Coworking, a brilhante invenção de pagar para trabalhar num lugar com mais distrações que sua casa, mas com café de qualidade duvidosa e a pressão social de parecer produtivo. 📖 Do Amante do Livro, aquela alma que prefere o cheiro de papel velho a muitas companhias humanas. E de Nagasaki, um brutal e solene lembrete de que o progresso tecnológico sem o correspondente avanço ético é apenas uma forma mais rápida de chegar ao inferno.

MAIS UM ANO...

🇸🇬 Da independência de Singapura, a nação que provou ser possível construir um paraíso de primeiro mundo a partir de um pântano, exigindo em troca apenas um pouco da sua liberdade de mascar chiclete. 🇧🇷 Da Força Expedicionária Brasileira (FEB), homenageando os pracinhas que cruzaram o oceano para lutar numa guerra que não era sua, ensinando ao mundo que a cobra pode, sim, fumar. E da Federação Brasileira Pelo Progresso Feminino, fundada por Bertha Lutz, lembrando que o progresso não cai do céu; ele é arrancado na marra por gente teimosa e visionária.

🌍 ACONTECEU NESTE DIA...

🗓️ Em 1936, Jesse Owens, um homem negro, ganhou sua quarta medalha de ouro nas Olimpíadas de Berlim, sob o olhar furioso de Adolf Hitler. Foi um dos momentos mais poéticos da história, onde a excelência atlética de um homem só humilhou uma ideologia inteira, provando que a superioridade não está na raça, mas na capacidade de correr e saltar mais que todo mundo enquanto o mundo assiste. Em 1969, membros da "Família Manson" cometeram os assassinatos que chocaram Hollywood, um lembrete sombrio de que o "paz e amor" dos anos 60 também tinha um porão muito, muito escuro.

💡 PÍLULA DE SABEDORIA

🤔 A zona de conforto é um lugar maravilhoso, mas, infelizmente, nada de interessante cresce lá. É basicamente um sofá quentinho na sala de espera da mediocridade.

🤓 VOCÊ SABIA?

🌌 O Sol é tão grande que caberiam aproximadamente 1,3 milhão de planetas Terra dentro dele. Isso serve como uma excelente ferramenta de perspectiva para quando você estiver chateado porque alguém pegou seu lugar no estacionamento.

🗣️ PALAVRA DO DIA

📖 APORIA (do grego, ἀπορία). É um impasse filosófico, um beco sem saída lógico, uma contradição insolúvel que emerge de um argumento aparentemente sólido. É o momento em que a razão, seguindo seu próprio caminho, se depara com um abismo. Sócrates era um mestre em levar seus interlocutores à aporia, não para humilhá-los, mas para forçá-los a admitir a própria ignorância. Em um mundo que exige respostas rápidas e certezas absolutas, a aporia é o convite socrático para a humildade intelectual: a sabedoria de saber que não se sabe.

💬 PERGUNTA DO DIA

🧠 Se você pudesse escolher entre ter a resposta para qualquer pergunta do universo ou nunca mais sentir a necessidade de ter todas as respostas, qual escolheria e por quê?

📖 HORA DO CONTO: A PARÁBOLA DO CARTÓGRAFO INVISÍVEL

🗺️ No coração de um império obcecado por expansão e visibilidade, vivia um jovem cartógrafo chamado Elara. Ele era o melhor, mas ninguém sabia. Enquanto seus colegas apresentavam mapas vistosos ao imperador, com dragões dourados nos cantos e nomes pomposos para cada colina, Elara passava seu tempo em arquivos empoeirados ou em expedições silenciosas. O imperador valorizava a presença constante no palácio, os relatórios diários, a bajulação. Elara era uma ausência.

Um dia, o imperador anunciou a maior de todas as expedições: mapear o Grande Vazio, um deserto traiçoeiro e desconhecido que engolia caravanas inteiras. Os cartógrafos mais famosos se apresentaram, desenrolando mapas baseados em suposições e lendas. Prometiam glória, visibilidade, a conquista do desconhecido. Elara, para surpresa de todos, não se apresentou. Ele simplesmente pediu uma licença de um ano, sem vencimentos, e desapareceu.

Seu desaparecimento foi visto como covardia. "Ele fugiu do desafio!", zombavam os outros. O imperador, ofendido pela ausência, autorizou a expedição com os outros. Eles partiram com grande alarde, suas bandeiras tremulando. Enquanto isso, Elara, em seu desaparecimento estratégico, não fugia. Ele se preparava. Ele não estudava mapas; estudava o vento. Não lia crônicas de heróis; lia diários de fracassos, entendendo por que as outras caravanas pereceram. Ele não estava desenhando o mapa do Vazio; estava se tornando o Vazio.

A grande expedição foi um desastre. Os mapas vistosos eram inúteis. Os cartógrafos, acostumados ao conforto do palácio, não sabiam ler as estrelas, não entendiam a linguagem da areia. A visibilidade constante os tornara cegos à realidade. Eles pereceram, não pela fúria do deserto, mas pelo peso de sua própria ignorância ornamentada.

Um ano depois, Elara retornou. Ele não trazia um mapa colorido. Trazia um único pergaminho, com linhas simples, quase espartanas. Ele não foi ao imperador. Ele o afixou na praça do mercado. O mapa não mostrava rotas para o ouro ou cidades perdidas. Mostrava as rotas do vento, os locais de água subterrânea, os abrigos naturais. Ele não mapeou o que o império queria encontrar. Mapeou o que era preciso saber para sobreviver.

Seu ano de silêncio e ausência o transformara. Ele não era mais apenas um cartógrafo. Era o único que entendia o terreno. Sua invisibilidade o tornara a pessoa mais importante do império. Desaparecer não foi um ato de fuga. Foi o ato supremo de focar no que importava, longe do ruído da aprovação e da tirania da presença constante. Ele provou que o trabalho mais profundo não é feito sob os holofotes, mas na solidão estratégica da preparação.

👨‍🎓 CANTINHO DO MESTRE: A METÁFORA DA LUA

🌕 Considere a Lua. Ela é uma constante no nosso céu, uma presença gravitacional inegável. Mas sua genialidade, sua maestria em cativar a alma humana por milênios, não reside em sua presença constante, mas em sua calculada e magistral escassez.

A Lua nos ensina a arte de se tornar escasso através de suas fases. Pense na Lua Cheia. É o momento de sua máxima presença, de sua total visibilidade. Ela se derrama sobre a paisagem, ofuscante, espetacular. Ela é o centro das atenções, a rainha da noite. Festivais são feitos em sua honra, poetas escrevem sobre seu brilho. Mas há um perigo sutil na Lua Cheia: a banalização. Se a Lua fosse cheia todas as noites, nós nos acostumaríamos. Seu espetáculo se tornaria rotina. Deixaríamos de olhar para cima. A presença total, ironicamente, leva à invisibilidade. É a sina de quem está sempre disponível, sempre presente, sempre "online". Torna-se parte da paisagem, útil, mas raramente valorizado.

Então, a Lua, com sua sabedoria cósmica, começa a se retirar. A fase minguante não é um sinal de fraqueza, mas um ato de poder estratégico. Ela começa a se tornar escassa. Ao esconder parte de sua face, ela cria mistério, intriga. Ela nos força a prestar mais atenção, a valorizar a luz que ainda resta. Ela nos ensina que o poder não está apenas em se mostrar, mas em saber o quanto de si mesmo revelar.

O ápice de sua estratégia é a Lua Nova. O momento da escassez total. Ela desaparece. O céu fica entregue à escuridão e ao brilho das estrelas, que, na sua ausência, ganham um protagonismo que a Lua Cheia lhes roubava. E é nessa escuridão que seu valor atinge o pico. É na sua ausência que sentimos sua falta. É quando não a vemos que mais ansiamos por seu retorno. Sua escassez não a anula; ela amplifica seu significado.

Tornar-se escasso é praticar a arte da Lua Nova. É ter a coragem de desaparecer do palco por um tempo, de se retirar do ruído constante das interações sociais e profissionais. Não para se isolar, mas para permitir que sua ausência crie um espaço para o desejo, para a valorização. É no seu silêncio que os outros percebem o valor da sua voz. É na sua ausência que seu retorno se torna um evento.

E, como a Lua, o retorno deve ser gradual. A fase crescente é a maestria do suspense. A Lua não volta de uma vez. Ela se revela aos poucos, um filete de prata de cada vez, construindo a antecipação para o clímax da Lua Cheia. Ela nos ensina a não entregar tudo de uma vez. A reter valor. A fazer com que nossa presença seja novamente desejada, não apenas tolerada.

Em um mundo que prega a visibilidade constante, a presença total e a disponibilidade 24/7, a estratégia mais sábia e poderosa é a da Lua. Tenha fases. Recuse-se a ser sempre cheio. Abrace a escuridão da Lua Nova para que sua luz, quando retornar, seja vista não como algo garantido, mas como o espetáculo que realmente é.

| © TENHO ESSA COMPETENCIA NAO | Profº Théo Oliveira | 2️⃣0️⃣2️⃣5️⃣ |

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

🎪 Crônica do Circo Escolar com direito a palhaços não identificados

Crônica do Circo Escolar - Prof. Théo Oliveira
Logo Prof. Théo Oliveira

Crônica do Circo Escolar
— com direito a palhaços não identificados

🎭 Era uma terça-feira comum na Grande Secretaria da Escola, aquele lugar mágico onde papéis somem, carimbos brotam e impressoras só funcionam quando não há urgência.

👧 Pois eis que entra em cena A Pequena Emissária do P5, enviada pela professora em missão diplomática: buscar um documento. Inocente, tagarela e com duas tranças que fariam inveja à boneca mais famosa do bairro, a menina começa a conversar com o Diretor Auxiliar de Funções Múltiplas — um sujeito que, segundo ele mesmo, faz “de tudo um pouco”.

🤡 O diálogo flui até que surge, das sombras da repartição, a figura sempre pronta para “animar” o ambiente: o Mestre das Piadas Infames — vulgo o tipo de pessoa que confunde bom humor com pontaria de estilingue.

👉 Ele resolve, do nada, transformar a cena em um número circense: aponta para o Servidor Alheio (que só queria terminar sua tarefa em paz) e dispara para a criança: — E aquele ali? É o Seu Barriga!

🤣 Ah, que primor de comédia… Só que não. A plateia infantil, obediente ao improviso, vai além: — Não, aquele é a Bruxa!

🤫 Risos, claro. Porque no show de alguns, constranger os outros é sempre a melhor parte. Afinal, a inocência da criança é a desculpa perfeita: “Ah, mas foi só brincadeira…”.

🎪 Claro. Brincadeira… Como se uma pedrada virasse confete só porque você sorriu ao arremessar. E assim terminou mais um ato do Grande Circo Escolar, onde certas figuras usam o crachá como licença para transformar respeito em piada, e onde o silêncio do alvo é interpretado como plateia satisfeita.


Nota final do cronista:
Engraçado como ninguém chama de “bullying” quando o palhaço é adulto e a criança só repete a fala, não é? Mas quem entende de dignidade sabe: o riso fácil de hoje é a erosão lenta da humanidade de amanhã.

| © TENHO ESSA COMPETENCIA NAO | Profº Théo Oliveira | 2️⃣0️⃣2️⃣5️⃣ |

🎀 A Fábula do Guarda do Portão e a Criança do Laço

A Fábula do Guarda do Portão - Prof. Théo Oliveira
Logo Prof. Théo Oliveira

A Fábula do Guarda do Portão e a Criança do Laço

🏰 Dizem que havia, numa velha Casa do Saber, um portão que nunca se fechava — não porque fosse livre, mas porque havia sempre alguém de olho, escolhendo quem entrava e quem saía. Esse alguém era o Guarda do Portão.

🎀 Num certo dia, uma pequena Menina do Laço Duplo, curiosa como os rios que buscam o mar, veio à Casa em missão dada por sua mestra: levar um pergaminho para os sábios do Salão dos Registros. Enquanto esperava, conversava alegremente com o Ajudante do Mestre, que lhe respondia com paciência.

🎭 Tudo corria sereno, até que o Guarda do Portão, entediado, decidiu temperar o momento com seu velho jogo: o de dar nomes que não eram nomes, mas pedras embrulhadas em papel de presente.

👉 Apontou para o Escriba da Mesa do Fundo — homem que trabalhava em silêncio e não buscava atenção — e, diante da Menina, disparou: — E aquele ali? É o Senhor Barril.

👧 A menina, sem entender o peso daquilo, riu. O Guarda insistiu, empurrando-a para olhar de novo. Ela, na ingenuidade da infância, completou: — Não, aquele é a Bruxa!

🤫 O Escriba, que sabia reconhecer quando o riso não era inocente, permaneceu imóvel. O Guarda riu satisfeito. A menina não percebeu o que acabara de acontecer — mas o eco do gesto ficou preso nas paredes da Casa.

Eco

📜 E assim, naquela tarde, a velha lição se repetiu: quando o poder veste a máscara da brincadeira, a dignidade é quem paga o preço.


Moral da história:
Há feridas que não deixam marcas na pele, mas ficam gravadas no respeito. E todo aquele que usa a inocência para ferir outro, mesmo que rindo, planta sementes de injustiça que um dia voltam para cobrar o jardineiro.

| © TENHO ESSA COMPETENCIA NAO | Profº Théo Oliveira | 2️⃣0️⃣2️⃣5️⃣ |